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A Eletronuclear está em processo de implementação da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS). A estrutura armazenará os combustíveis usados de Angra 1 e 2. 

Esses combustíveis usados não são considerados rejeitos radioativos ou lixo nuclear, pois ainda contêm grande potencial energético, que pode ser reaproveitado por meio do processo de reprocessamento. Países como Rússia, França e Japão reciclam esse material. A construção da UAS permitirá que os combustíveis usados sejam guardados com toda a segurança até que o governo brasileiro defina seu destino. 

A Eletronuclear escolheu um local dentro do sítio da central, localizado entre as usinas Angra 2 e 3, nas proximidades do Observatório Nuclear (ON). Este local já foi analisado para as condições geológicas e geotécnicas e o sítio de a já foi submetido a estudos meteorológico e hidrológico.

O local tem dimensões suficientes para abrigar expansões futuras 

A tecnologia escolhida é comprovadamente segura e de fácil implantação. Existem unidades do tipo em operação em vários países do mundo. Apenas nos Estados Unidos, há cerca de 90 instalações similares à UAS, sem qualquer registro de vazamento de material radioativo.

Exemplo de uma instalação com módulos de armazenamento a seco 

A construção do empreendimento vem seguindo, com rigor, padrões de segurança internacionais e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão regulador e fiscalizador do setor nuclear brasileiro. Além disso, segue à risca todas as normas de licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Também vem sendo acompanhada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pela prefeitura de Angra dos Reis. 

Acesse aqui o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) do empreendimento.

 

Estrutura do empreendimento 

Esse sistema de armazenamento a seco com base em canisteres se caracteriza por ser um casco de metal em aço inoxidável, soldado, com capacidade de armazenar até 37 elementos combustíveis e dimensões aproximadas de 2,0 m de diâmetro, 4,6 m de altura e 25 mm espessura. Sua função principal é confinar todo o material radioativo no seu interior, garantir a subcriticalidade (ou seja, manter os elementos combustíveis espaçados, para não provocar uma reação nuclear) e permitir a troca de calor com o meio externo. 

Cada cânister é envolvido por um casco de transferência, constituído em aço carbono de 300 mm de espessura, que tem funções de blindagem radiológica e estabilidade estrutural durante as operações de carregamento, descarregamento e movimentação entre as piscinas das usinas e a UAS.   

Como a UAS está localizada dentro da central nuclear de Angra, não será necessário um esquema de segurança especial para a transferência. Os s com elementos combustíveis usados já serão retirados das usinas hermeticamente fechados, com as tampas soldadas.

 

Simulação da UAS pronta e do processo de transferência de combustíveis

A UAS está sendo construída pela empresa norte-americana Holtec, que é a maior especialista nesse tipo de projeto em todo o mundo, atuando no ramo de armazenamento de combustível irradiado desde 1986. A transferência dos elementos combustíveis usados começa por Angra 2, no primeiro semestre de 2021. Em Angra 1, o procedimento será realizado no segundo semestre do mesmo ano.   

Inicialmente, a UAS contará com 15 módulos. No total, 288 elementos combustíveis usados serão retirados de Angra 2 e 222, de Angra 1, o que abrirá espaço nas piscinas de armazenamento para mais cinco anos de operação de cada planta. O repositório poderá comportar até 72 módulos, com capacidade para armazenar combustível usado até 2045. 

Obras da UAS em andamento na CNAAA