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A Eletrobras Eletronuclear e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro se uniram com o objetivo de monitorar as tartarugas marinhas que passam um período de suas vidas nas águas próximas à central nuclear, gerando dados sobre o comportamento e a fisiologia desses animais. 

O Tartaruga Viva é o único  projeto de monitoração de tartarugas marinhas no sul fluminense e poderá preencher uma importante lacuna científica. O projeto Tartaruga Viva surgiu a partir de demandas populares durante as audiências públicas no processo de licenciamento da Usina Angra 3 para avaliar uma possível influência nas tartarugas marinhas que estão próximas à Central Nuclear.

As tartarugas marinhas apresentam um ciclo de vida complexo, vivendo em diferentes ambientes ao longo da sua existência. Ao nascerem, as tartaruguinhas rumam imediatamente para o alto-mar,  onde atingem as correntes marinhas, encontrando alimento e proteção. Assim permanecem por vários anos, migrando passivamente pelo oceano. 

Algumas espécies passam a fase juvenil em regiões costeiras como a da Costa Verde. A partir daí, passam a viver em áreas de alimentação, de onde saem apenas na época da reprodução, quando migram para as praias onde nasceram. As espécies já identificadas pelo Tartaruga Viva na região são a tartaruga- verde (Chelonia mydas), a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) e a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta). 

 A equipe do Tartaruga Viva percorre o litoral e recolhe algumas tartarugas, verificando sua saúde, peso e tamanho


A equipe do Tartaruga Viva é formada por biólogos, veterinários e pessoal de apoio que desenvolve diversas atividades para acompanhar as tartarugas que passam pela região, monitorando parâmetros como tamanho, peso e estado de saúde. 

Além disso, o Tartaruga Viva percorre, diariamente, o litoral da região em busca de tartarugas encalhadas ou mortas. Os dados dos estudos permitirão conhecer melhor os hábitos desses animais.

Campanhas de Mergulho para Observação e Captura

Uma vez por estação do ano serão realizados mergulhos para captura de espécimes na Piraquara de Fora (área de impacto) – escolhida em função da sua proximidade com a descarga de efluentes da Central Nuclear –, na Praia Vermelha e Ilha do Pelado (áreas de controle). Antes da captura, a equipe monitora os parâmetros fisicoquímicos (temperatura, turbidez, salinidade, entre outros.) da água do mar. 
Biólogos do Tartaruga Viva capturam algumas tartarugas para acompanhamento

As tartarugas são medidas, pesadas, identificadas as suas espécies e marcadas através da aplicação de grampos metálicos numerados em suas nadadeiras. Após a avaliação, os animais são devolvidos ao seu ambiente.

Desta forma, é mais fácil de acompanhar seu desenvolvimento em futuras capturas. Como as tartarugas migram muito ao longo da vida, esses dados permitem que pesquisadores de outros países também possam acompanhar sua movimentação.

Rede Remota de Resgate

Moradores e turistas também podem colaborar com o projeto, ao encontrar uma tartaruga na praia, viva ou morta, ligue para o número 0800-204-4041 para receber instruções. Logo após, uma equipe irá até o local verificar o estado do animal. Caso a tartaruga esteja morta, a causa será pesquisada. Se estiver viva, ela é levada para tratamento, onde serão feitos todos os exames necessários, como hemograma e raio-X, para que o animal possa ser devolvido ao seu ambiente com saúde.