De 8 a 12 de junho, será realizada a 18ª edição da Semana Eletronuclear do Meio Ambiente (Sema). O evento – que será totalmente virtual por conta da pandemia do coronavírus – tem como objetivo promover uma conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente e do uso sustentável dos recursos naturais.
Seguindo o tema deste ano da ONU para o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, a Sema 2020 abordará a biodiversidade. A Semana será dedicada a discutir, por meio de diversas atividades, a relação direta do bem-estar do ser humano com a saúde dos ecossistemas e a conservação da diversidade biológica.
Como não será possível realizar atividades externas, a programação será voltada para os colaboradores da empresa. Cada evento será divulgado pelo e-mail corporativo, no dia marcado, com o link de acesso. “A mensagem da Sema é tão importante que, na impossibilidade de promover nossos tradicionais encontros presenciais, optamos por usar os canais de comunicação virtuais para transmiti-la”, explica João Pedro Garcia, biólogo do Departamento de Gestão Ambiental da companhia, que está à frente da organização da Semana.
Na segunda (8), haverá a exibição da peça teatral “Porã, uma índia urbana”, do grupo Cia de Artes, de Angra dos Reis. Uma homenagem à Trilha Porã, da Eletronuclear, o espetáculo alerta sobre como as ações humanas podem ser prejudiciais à biodiversidade. A apresentação será disponibilizada no YouTube, em um canal exclusivo para a empresa.
Na terça (9), a Eletronuclear lançará uma animação explicando como funciona o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da companhia. Já na quarta (10), o bate-papo virtual do projeto “Pausa para o Café” será dedicado à Sema 2020. O convidado é o gerente técnico da consultoria ambiental Bicho do Mato Meio Ambiente, Diogo Loretto. Doutor em ecologia pela UFRJ, ele fará palestra com o tema “O futuro está no passado: crônicas biológicas sobre as conexões homem-natureza”. O evento será realizado pela ferramenta Webex.
Desde os primórdios
Na quinta (11), será exibido o documentário “O poema imperfeito”, de Zulmira Coimbra. Inspirado no livro homônimo do ecólogo Fernando Fernandez, o filme reflete sobre a relação entre o ser humano e a fauna desde o tempo pré-histórico.
Para encerrar a programação, na sexta-feira (12), será veiculado conteúdo produzido, especialmente para a Sema 2020, por uma equipe de professores, alunos e ex-alunos do Instituto de Biologia da UFRJ. Eles participam do projeto de extensão “Conservação e uso sustentável da biodiversidade de ecossistemas da Baía da Ilha Grande: integração do conhecimento científico e popular”, desenvolvido com o apoio da Eletronuclear.
A equipe preparou dois vídeos. O primeiro ensina como montar um comedouro para aves e traz dicas sobre a observação e identificação das espécies desse animal. O segundo mostra como montar uma armadilha para atrair mosquitos, principalmente, o Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue. Também serão disponibilizados questionários sobre plantas alimentícias não convencionais, plantas medicinais e morcegos.
Público externo
Apesar de a Sema 2020 ser voltada para o público interno da Eletronuclear, o público externo não ficará de fora. Ao longo da semana, serão postados vídeos sobre biodiversidade nos perfis da empresa no Facebook e no Instagram (@eletronuclear).
Um deles mostra a soltura na natureza de um bugio que foi cuidado pela equipe do Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras), mantido pela companhia em Angra dos Reis. Outro destaca o trabalho feito pelo Laboratório de Monitoração Ambiental (LMA) para garantir que as usinas nucleares nacionais não tenham impacto no meio ambiente. O último mostra a natureza exuberante da Trilha Porã, localizada na propriedade da empresa.
João Pedro ressalta que a programação da Semana busca provocar uma reflexão sobre como o homem precisa repensar sua relação com a natureza. “Nesse momento delicado que o mundo atravessa, precisamos aproveitar o prestígio adquirido pela Sema ao longo dos anos para lembrar como somos totalmente dependentes da biodiversidade”, conclui.