Em meio à crise provocada pelo coronavírus, o Laboratório de Monitoração Ambiental (LMA) da Eletronuclear, localizado em Angra dos Reis, continua realizando todos os seus programas de monitoração: radiológica operacional, da fauna e flora, da qualidade das águas e de medida da temperatura da água do mar. No entanto, para garantir a saúde de seus colaboradores, a maioria do quadro funcional do LMA está em regime de trabalho remoto, seguindo as ações de prevenção que estão sendo executadas na empresa.
Os programas do laboratório garantem que a operação de Angra 1 e 2 esteja de acordo com as normas ambientais vigentes. Por isso, é fundamental que continuem sendo realizados. “A execução dos programas de monitoração ambiental é uma obrigação do processo de licenciamento da central nuclear e visam ao atendimento de várias normas da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e condicionantes do Ibama. Vem sendo um desafio cumprir os prazos desses órgãos, mas estamos conseguindo”, ressalta o chefe do Departamento de Gestão Ambiental da Eletronuclear, Ricardo Donato.
Mergulhadores analisam espécies marinhas
Como os programas seguem uma agenda mensal prévia, os profissionais do laboratório se deslocam para o local apenas quando há alguma atividade programada. “Apesar da mudança na rotina, continuamos a executar todos os programas de monitoração, atendendo as determinações para o combate à covid-19. Assim, apenas os supervisores estão trabalhando presencialmente”, ressalta Donato, acrescentando que a equipe tem conseguido manter o bom funcionamento do LMA.
Cras continua funcionando
O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) da Eletronuclear, adjacente ao laboratório, também segue funcionando. Os animais vêm sendo tratados e alimentados normalmente. E novos hóspedes vêm chegando. É um trabalho ininterrupto, de segunda a segunda, inclusive nos feriados.
No entanto, como a veterinária do Cras faz parte do grupo de risco para contágio pelo coronavírus, ela está trabalhando de forma presencial apenas uma vez por semana. O centro também está sem estagiários, pois foram todos dispensados de ir ao local, seguindo as orientações em vigor na Eletronuclear. A solução foi contratar uma assistente de veterinária. Além disso, um veterinário do Programa Tartaruga Viva – realizado na Costa Verde pela Eletronuclear em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) – está auxiliando o Cras, de forma a fazer um revezamento entre os três profissionais para garantir o cuidado dos animais durante a pandemia.
Técnica analisa amostra de água coletada