A coluna de ontem (1o) de Miriam Leitão, no jornal "O Globo", traz incorreções quando insere a conclusão de Angra 3 como um possível gasto do governo federal em 2021. Não se pode confundir investimento com gasto público. A obra, hoje com 64% de conclusão (e não menos da metade, como afirma a colunista) é fundamental para garantir segurança de abastecimento para o sistema elétrico nacional, especialmente na região Sudeste. A usina agregará valor ao país em termos de desenvolvimento tecnológico, substituindo a energia mais cara de térmicas a óleo diesel e combustível.
Seus custos são compatíveis com obras similares em outros países. As discussões sobre tarifas e modelo de negócio, a serem conduzidas agora pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), preveem diversas possibilidades, entre elas, a entrada de um sócio privado estrangeiro. Com os 1.405 MW gerados por Angra 3, a central nuclear de Angra produzirá o equivalente a 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro, gerando durante as 24 horas do dia, 7 dias por semana.