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Ministro de Minas e Energia, em visita à central nuclear de Angra: 'Saio convencido da importância de Angra 3'

29/06/2018
Ministro de Minas e Energia, em visita à central nuclear de Angra: 'Saio convencido da importância de Angra 3'
 
Hoje, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, fez uma visita à central nuclear de Angra dos Reis. A programação incluiu visitas à Angra 2, ao canteiro de obras de Angra 3 e a um dos almoxarifados onde estão armazenados equipamentos da unidade em construção.

Na ocasião, Moreira Franco ressaltou a importância de Angra 1 e 2 para a matriz elétrica brasileira, para o estado do Rio e, principalmente, para a região da Costa Verde. “Foi um dia muito produtivo. Não só por conhecer a tecnologia das usinas nucleares brasileiras, como também para entender todo o problema que envolve Angra 3. Saio convencido de que o empreendimento é muito importante para a sociedade e ainda mais motivado para encontrar soluções que permitam retomá-lo o mais breve possível”, declarou o ministro.

A visita faz parte de um esforço do governo federal em retomar a construção de Angra 3, que está parada desde 2015.

Questão de sobrevivência

Moreira Franco foi recepcionado por toda a diretoria da Eletronuclear. Na sua apresentação, o presidente da empresa, Leonam dos Santos Guimarães, disse que para reiniciar a construção de Angra 3, é preciso equacionar algumas questões. A primeira é discutir o contrato de venda da energia que será produzida pela usina – cujo preço está defasado, inviabilizando o equilíbrio econômico-financeiro do empreendimento. Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) criou um grupo de trabalho para discutir esse assunto.

A segunda questão é renegociar as dívidas decorrentes do financiamento. No momento, a Eletronuclear vem tentando adiar o pagamento das parcelas da dívida da construção da unidade com o BNDES e a Caixa Econômica Federal. Por último, a empresa precisa fechar um novo modelo de negócios para Angra 3, que permita a participação privada, mantendo o controle da União. “A retomada do empreendimento é uma questão de sobrevivência não só para a Eletronuclear, mas para o uso da energia nuclear no Brasil”, ressaltou.

O diretor de Operação e Comercialização, João Carlos da Cunha Bastos, falou brevemente sobre a história das usinas nucleares de Angra e fez um resumo da operação nos últimos 12 meses. Ressaltou, ainda, a importância da entrada em operação de Angra 2 para evitar o apagão em 2001.
Ao lado da diretora de Administração e Finanças, Mônica Reis, João Carlos também comentou sobre a difícil situação financeira da empresa. “Sem Angra 3, somos uma empresa saudável. Esse problema de caixa é momentâneo e não pode afetar a disponibilidade das usinas em funcionamento. Angra 1 e 2 operam no mesmo padrão das melhores usinas do mundo e, por isso, temos muito orgulho do que conquistamos até aqui”, concluiu.
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