A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre do ano (2T21), valor 439% superior ao verificado no mesmo período de 2020 (2T20). Já o lucro líquido recorrente, de R$ 4,5 bilhões, foi 601% maior do que o resultado obtido no 2T20.
Também tiveram aumento expressivo a receita operacional líquida, que atingiu R$ 7,9 bilhões no 2T21, um acréscimo de 49% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e o Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,3 bilhões, o que representa um crescimento de 64%. Já o Ebitda recorrente foi 116% superior.
O resultado do trimestre foi impactado positivamente pelos resultados em transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica, com efeitos a partir de julho de 2020. Também pela melhora nos resultados de geração, devido, principalmente, ao aumento do volume e dos preços praticados nos contratos bilaterais do Ambiente de Contratação Livre (ACL); maior receita no mercado de curto prazo, decorrente da liquidação na CCEE, influenciada pelo aumento de preços do PLD; e maior comercialização de energia decorrente de importação do Uruguai, devido à redução dos volumes das principais bacias hidrográficas que compõem o sistema interligado brasileiro.
Por outro lado, o resultado foi negativamente impactado pelas provisões para contingências judiciais. Reforçando o compromisso da empresa com sua disciplina financeira, a dívida líquida teve queda de 18% desde o 1T21, e o indicador dívida líquida/Ebitda atingiu o valor 1,0x, o menor dos últimos anos.
Os investimentos realizados em geração foram de R$ 483 milhões, dos quais R$ 154 milhões em manutenção e R$ 329 milhões em implantação. Deste total, R$ 250 milhões foram alocados em Angra 3. Já em transmissão, foram investidos R$ 277 milhões, dos quais R$ 213 milhões destinados a reforço e melhorias.