Quem passou pela rodovia Rio-Santos, ontem (3) à tarde, pode ver uma cena diferente. Angra 1 estava liberando vapor através do seu sistema de alívio. A cena que lembra o funcionamento de uma panela de pressão, no entanto, não tem nada de incomum. “Muitas vezes, quando precisamos fazer manutenção em algum equipamento, é necessário retirar vapor do circuito para que os técnicos possam trabalhar. Trata-se do vapor de uma água puríssima que é utilizada para mover o gerador elétrico”, explica Abelardo Vieira, superintendente de Angra 1.

Angra 1 precisou ser desligada do Sistema Interligado Nacional (SIN), às 11h57, e foi reconectada hoje (4), às 01h59. A parada foi necessária para reparar uma bomba do sistema de água que alimenta o gerador de vapor e este alimenta o turbogerador com vapor, trabalho que não podia ser feito com a usina em operação. “Todo o trabalho aconteceu numa área não nuclear da usina e, em nenhum momento, representou qualquer risco para os trabalhadores da Central Nuclear ou para o meio ambiente”, esclarece Abelardo.