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Exercício Geral de Emergência Nuclear será realizado em Angra dos Reis

24/09/2025
 

Exercício Geral de Emergência Nuclear será realizado em Angra dos Reis
 

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O Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear será realizado na próxima semana, entre os dias 30 de setembro e 02 de outubro, em Angra dos Reis. Realizado a cada dois anos, o simulado busca avaliar, melhorar e treinar os procedimentos previstos no Plano de Emergência Externo do Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ) para a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), voltados para a proteção da população, do meio ambiente, das usinas nucleares e seus trabalhadores.

No dia 30, às 11h, terá início a cerimônia de abertura do exercício, na sede da Defesa Civil Municipal de Angra dos Reis, com a presença de várias autoridades pertencentes às instituições respondedoras, que estarão à disposição da imprensa para prestar as informações necessárias. No mesmo dia, a partir das 13h, haverá no Colégio Naval uma exposição aberta à população para apresentar os materiais, equipamentos e viaturas que serão utilizados durante o exercício.
Nos dias 1 e 2 de outubro serão realizadas atividades práticas simuladas, como ativação do sistema de alerta e alarme por sirenes; evacuação da CNAAA; transporte de gerador móvel; remoção de radioacidentado em direção ao Centro Médico de Radiações Ionizantes (CMRI); evacuação de parcela da população residente nas Zonas de Planejamento de Emergência 3 e 5; coleta de amostras de solo, ar, água e vegetação na Guariba e na Praia Vermelha, entre outras. Uma das novidades do exercício deste ano é o uso do “Cell Broadcast”, sistema de transmissão de mensagens e alarmes por SMS.

O exercício é uma operação complexa, que envolve várias entidades civis e militares. O simulado prevê a mobilização de uma rede de cerca de 60 instituições, com centenas de profissionais, nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal. O planejamento do exercício foi realizado pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR) e pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Evento de Segurança Física (Copresf/AR), que reúnem representantes da Eletronuclear; da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN);  da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro; da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; das defesas civis do Estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Angra dos Reis e Paraty; do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ); da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e do Ministério da Saúde; entre outros órgãos.

Participação inédita da ANSN

Pela primeira vez, a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) participa do exercício como agência reguladora autônoma e independente. A presença da nova autarquia marca um momento histórico para o setor, reforçando seu papel exclusivo de zelar pela segurança nuclear e radiológica no Brasil. A atuação da ANSN no exercício reforça o compromisso do país com padrões internacionais de proteção e resposta a emergências, em estreita cooperação com diversas instituições nacionais e locais.

Ativação de centros de emergência

Durante o exercício, serão ativados o Centro Nacional de Gerenciamento de Emergência Nuclear (Cnagen), localizado em Brasília; o Centro Estadual de Gerenciamento de Emergência Nuclear (Cestgen), no Rio de Janeiro; o Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear (CCCEN) e o Centro de Informações de Emergência Nuclear (Cien), em Angra dos Reis. Além disso, será estabelecido um gabinete de crise na CNAAA para proporcionar a coordenação e a resposta a eventos de segurança física fictícios.

O Capitão de Mar e Guerra Souza de Aguiar, coordenador do Copren-AR, ressaltou a importância do evento. "O exercício tem grande importância para a população circunvizinha à CNAAA e testa a prontidão da resposta à emergência nuclear pelas instituições responsáveis, contribuindo para a mitigação de riscos às pessoas, meio ambiente e trabalhadores das usinas", disse.


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