
Na terça-feira, dia 19, a Eletronuclear recebeu representantes do Japan Atomic Industrial Forum (JAIF) para uma visita técnica às instalações de Angra 2 e ao Observatório Nuclear. A delegação esteve no Brasil para participar da COP 30, em Belém, e incluiu em sua agenda uma parada em Angra dos Reis para conhecer de perto a operação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).
A visita ocorreu poucos dias após a assinatura do Memorando de Entendimento entre a Associação Brasileira Para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) e o JAIF, que inaugura uma nova fase de cooperação entre Brasil e Japão nas áreas de tecnologia nuclear, capacitação, segurança operacional e integração das cadeias industriais dos dois países.
A instituição é uma das principais do setor nuclear mundial, reunindo empresas de energia, fornecedores, centros de pesquisa e órgãos governamentais do Japão. Criada em 1956, a entidade atua na promoção do uso pacífico da energia nuclear, no desenvolvimento tecnológico e na difusão de boas práticas de segurança.
O grupo foi composto por Hideki Masui, presidente do JAIF, acompanhado por Kei Yamada e Daniel Liu, ambos do Departamento de Assuntos Internacionais da instituição. Durante a visita, o presidente elogiou a organização e o profissionalismo das equipes de Angra 2, destacando especialmente a operação da sala de controle. Segundo ele, a recepção foi marcada pela cordialidade e pelo alto nível de preparo técnico.
“Esta foi a segunda usina de tecnologia KWU que visito e fiquei impressionado com a organização dos funcionários, principalmente na sala de controle”, observou o presidente do JAIF, que também reforçou a importância de Angra 3.
“A terceira usina representa grande benefício para a indústria nuclear brasileira e gostaríamos muito de vê-la concluída”, disse Masui.
Como o acordo Abdan–JAIF prevê ações como intercâmbio entre especialistas, realização de missões técnicas e iniciativas de qualificação profissional, a visita contribui para aproximar ainda mais as equipes brasileiras e japonesas, criando condições para que os projetos conjuntos avancem a partir de 2025.