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Biólogo da Eletronuclear explica a presença de tubarões galha-preta na Piraquara de Fora

16/05/2025
 

Biólogo da Eletronuclear explica a presença de tubarões galha-preta na Piraquara de Fora
 

Diversos grupos de tubarões galha-preta foram observados recentemente na enseada da Piraquara de Fora, região conhecida como Praia do Laboratório, onde acontece o lançamento da água utilizada para resfriar o sistema secundário das duas usinas em operação na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). A presença da espécie, considerada ameaçada de extinção, pode ser considerada uma boa notícia para o meio ambiente e não exige alarde da população, mas requer cautela.


O biólogo da Eletronuclear, João Pedro Araújo, explica que, apesar da inexistência de estudos conclusivos que explicam a motivação da presença desses tubarões na região, a observação dos animais evidencia uma cadeia produtiva consistente e preservada na área.


“Os tubarões são animais de topo de cadeia, então precisam de uma vasta rede de presas para se alimentar, desde os produtores, como as algas e pequenos peixes, até os consumidores terciários. Todos têm que estar presentes para que os tubarões estejam nesses ambientes”, explica.


A Praia do Laboratório costuma receber um grande número de visitantes, entre a população local e turistas, que desejam se banhar nas águas mais quentes. Por esse motivo, o profissional destaca que a espécie de tubarões galha-preta não tem um histórico de intercorrência com seres humanos, mas alerta que é necessário evitar a aproximação.


“Apesar de ser uma espécie considerada inofensiva, é recomendado que não tente tocar ou se aproximar dos tubarões. Caso observe a presença desses animais na região, é preciso se afastar e apreciar de longe a biodiversidade da natureza”, destaca.


A área de meio ambiente da Eletronuclear mantém contato ativo com grupos especializados no estudo desses tubarões para coletar informações e contribuir com a preservação da espécie. Recentemente, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) incluiu a região na lista de áreas importantes para esses animais.


Entenda a relação da região com o funcionamento das usinas:


As usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 da CNAAA captam a água do mar utilizada no sistema secundário para resfriamento dos reatores na Enseada de Itaorna e devolve à natureza na enseada da Piraquara de Fora (Praia do Laboratório). A região é constantemente monitorada pelo Laboratório de Monitoração Ambiental (LMA) e, conforme os dados históricos, a temperatura média da saída da água, no local de lançamento, é entre 2 e 8°C superior à temperatura de captação, o que também varia conforme as estações do ano e a operação das usinas.


O trabalho exercido pela Eletronuclear nas praias da região abrange estudos de balneabilidade das águas, preservação e monitoração para garantir que os parâmetros estabelecidos na legislação, referentes ao funcionamento da Central Nuclear, sejam rigorosamente cumpridos.


O LMA mediu os níveis de radioatividade natural e artificial antes do início da operação de Angra 1, em diversas matrizes, como água do mar, da chuva, de superfície, subterrânea e de rio, areia da praia, algas, peixes, sedimentos de mar e de rio, leite, banana, pasto e ar. O trabalho comparativo dos dados obtidos na época com dados atuais constatou que o funcionamento das usinas não causou impacto significativo ao meio ambiente e que não ocorreu impacto radiológico devido à operação das usinas.



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