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Com recordes de geração e avanços estratégicos, Eletronuclear publica Relatório Anual 2024

04/06/2025
 

Com recordes de geração e avanços estratégicos, Eletronuclear publica Relatório Anual 2024
 

O Relatório Anual 2024 da Eletronuclear, recém-publicado, apresenta um panorama completo das operações, investimentos, desempenho financeiro e impacto ambiental e social da empresa. Os dados refletem um ano de forte performance técnica e gestão ativa de recursos em um cenário econômico desafiador.

Geração recorde e confiabilidade operacional

A geração líquida total da Eletronuclear em 2024 foi de 14.863,0 GWh, a quarta maior da história da empresa. Durante o ano, Angra 1 operou sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por 349 dias, gerando 5.060,8 GWh de energia elétrica líquida — o terceiro melhor resultado ao longo de 40 anos. A usina alcançou fator de disponibilidade de 94,72% e fator de capacidade de 94,60%. 

Já Angra 2 operou por 322,4 dias e gerou 9.802,1 GWh de energia líquida. O fator de disponibilidade foi de 87,24% e o fator de capacidade de 87,52%. Durante o ano, a unidade passou pela 20ª Parada para Reabastecimento de Combustível (2P20), com duração de 43,19 dias, abaixo do prazo inicialmente previsto de 53 dias. 

As metas de segurança operacional das duas usinas não só foram atingidas, como alcançaram valores iguais ou melhores que o chamado “Best Quartile” das usinas monitoradas pela Associação Mundial de Operadores Nucleares (Wano) e pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), confirmando a confiabilidade das operações.

Extensão da vida útil de Angra 1 e viabilidade de Angra 3

Outro marco relevante foi a extensão da vida útil de Angra 1, aprovada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) em novembro de 2024. A decisão foi respaldada por avaliações técnicas e auditorias independentes. Com isso, a usina poderá operar até 2044, mantendo sua contribuição estratégica para o sistema elétrico nacional.

O relatório anual também apresenta a conclusão do estudo de viabilidade de Angra 3, conduzido pelo BNDES e entregue à Eletronuclear em setembro de 2024. A análise apontou que o custo estimado de abandonar as obras é muito semelhante ao de concluir o empreendimento, entretanto sem gerar energia elétrica. 

Gestão financeira e cenário desafiador

O ano também foi marcado por grandes desafios financeiros, especialmente pela necessidade de viabilizar recursos para os dois principais projetos em curso — o Programa de Extensão de Vida Útil de Angra 1 (LTO) e o empreendimento Angra 3.  Para manter o equilíbrio orçamentário, a gestão adotou uma série de medidas de contenção de despesas e geração extraordinária de caixa, incluindo mudanças culturais voltadas à sustentabilidade financeira.

No total, as medidas adotadas geraram cerca de R$ 3 bilhões em liquidez adicional, garantindo a execução dos investimentos essenciais ao longo do ano. A gestão também deu início a um plano para redução estrutural de despesas operacionais (PMSO), além de buscar novas fontes de liquidez extraordinárias para 2025.

“Os dados apresentados confirmam o alinhamento da Eletronuclear com padrões internacionais de segurança e eficiência. A continuidade da construção de Angra 3 e a parceria com instituições estratégicas refletem nosso foco em entregar uma energia confiável e sustentável para o Brasil”, afirma Raul Lycurgo, presidente da Eletronuclear.

Investimentos sociais e parcerias com a comunidade

Na área social, a Eletronuclear destinou R$ 3,08 milhões à melhoria da infraestrutura educacional, com destaque para a continuidade do convênio com o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), que viabilizou a aquisição de equipamentos, mobiliários e acervo para a montagem de uma biblioteca no campus de Angra dos Reis. 

Mesmo diante das limitações do ano eleitoral e das restrições orçamentárias enfrentadas em 2024, a Eletronuclear manteve o diálogo com comunidades da área de influência, por meio do Programa Comunidades, em parceria com a Comunicação Institucional. A iniciativa contribuiu para reforçar vínculos, promover reconhecimento e valorizar as culturas tradicionais locais. 

No âmbito do investimento social privado, foram aplicados R$ 1,69 milhão em patrocínios incentivados, além de R$ 335 mil direcionados ao apoio direto a quatro projetos do setor nuclear (Nuclear Summit, Inac, LAS/ANS Symposium e Nuclear Legacy).

A empresa retomou o patrocínio a projetos culturais, esportivos e ambientais via leis de incentivo fiscal. Em 2024, foram apoiadas quatro iniciativas incentivadas, sendo duas pela Lei de Incentivo Estadual ICMS — o Circuito OFF do Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande (RJ) e a Festa Internacional do Teatro de Angra (Fita) — e duas pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet) — o Cristo Redentor Experience e a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Compromisso ambiental e monitoramento contínuo

Além disso, a proteção da biodiversidade permanece como uma prioridade estratégica para a Eletronuclear. Desde 1978, a empresa conduz programas contínuos de monitoramento ambiental no entorno de suas usinas nucleares, reforçando seu compromisso com a preservação dos ecossistemas locais. As ações incluem o acompanhamento da flora e fauna marinha, controle da temperatura da água do mar e monitoramento de qualidade do ar, solo e recursos hídricos. 

Para viabilizar a execução das atividades ambientais, a Eletronuclear destinou R$ 15,89 milhões ao Departamento de Gestão Ambiental, responsável pela gestão da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, além de R$ 9,94 milhões à Divisão de Análise Radiológica e Ambiental.

“Com esses e outros destaques, a Eletronuclear encerrou 2024 reafirmando seu papel como operadora estratégica na matriz energética brasileira, com foco em segurança, sustentabilidade e eficiência na geração de energia nuclear”, finaliza Lycurgo. 



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